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Melhores Investimentos

Commodities

A volta ao nacionalismo?

18 de setembro de 2009 by melhoresinvestimentos Leave a Comment

Pelos idos dos anos 60, o então Presidente Castello Branco dizia a respeito do monopólio sobre a extração do petróleo: “Se é eficiente não precisa do monopólio, se precisa, não o merece”.

Esta frase foi inúmeras vezes repetidas pelo meu co-orientador de monografia, senador Roberto Campos (ex-ministro do Planejamento no governo de Castello Branco), que passou grande parte de sua vida combatendo o monopólio da Petrobrás, que costumava a referir-se como Petrossauro. Acredito que se meu saudoso orientador ainda estivesse vivo ele diria que a proposta do governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva representa um retrocesso nas discussões, digno dos absurdos debates econômicos dos anos 50, quando foi estabelecido o monopólio da Petrobrás.

O atual marco legal, que foi estabelecido através da Lei nº 9.478 de 1997, extinguiu o monopólio da Petrobrás e criou o regime de concessão, através do qual a empresa assume os riscos decorrentes da exploração do petróleo e se apropria de toda a produção, pagando à União, aos estados e municípios compensações financeiras tais como os royalties, incorrendo também em um custo fixo quando inicia as suas atividades, que é conhecido como “bônus de assinatura”.

As discussões sobre o pré-sal deveriam ser direcionadas em relação à qualidade e à intensidade dos investimentos necessários à exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos em águas super-profundas (na camada do pré-sal) e não em relação à questão da nacionalidade do investidor, que é a base na qual se apóia o modelo de partilha, ora proposto.

A proposta completa do governo está dividida em quatro Projetos de Lei (leia mais sobre a proposta do governo AQUI). O Projeto de Lei nº 5938 (AQUI), que é o primeiro deles, propõe modificações na Lei nº 9.478 estabelecendo que as áreas mais promissoras sejam exploradas sob o regime de partilha, segundo o qual o Estado continua sendo o dono do petróleo produzido e as empresas que ganharem o direito a exploração nas áreas de pré-sal incorrerão em um custo fixo, que será definido no momento da licitação (“bônus de assinatura”) e poderão, por sua conta e risco, explorar áreas definidas em busca de petróleo e gás. Se a exploração for mal sucedida, a empresa não terá nenhum ressarcimento.

Mas, se houver petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos na área explorada então uma parte da produção será destinada a cobrir os seus custos e o saldo restante seria distribuído entre a União e a empresa em proporções definidas em contrato (lembrando que a empresa vencedora de cada licitação será aquela que oferecer o maior percentual de partilha com a União).

Diante de um evidente retrocesso, resta aguardar os brados ecoando os tempos de Getulio Vargas, no início dos anos 50: “O petróleo é nosso!”.

 

Paulo C. Coimbra

http://pccoimbra.blogspot.com/

Filed Under: Commodities Tagged With: petrobras, petroleo

Prêmio ou maldição: a Pré-Petro-Sal

4 de setembro de 2009 by melhoresinvestimentos Leave a Comment

Com o anúncio das propostas para criação do novo marco regulatório do petróleo, as opiniões se dividem e muita dúvida passa pela cabeça dos investidores nacionais e estrangeiros, bem como do verdadeiro cidadão brasileiro. São quatro projetos que demoraram quase 20 meses para serem elaborados, e agora são apresentados para votação no congresso com pedido de urgência.

O primeiro projeto cria a Petro-Sal, nova estatal que será responsável pela gestão do pré-sal; o segundo, o novo marco regulatório, alterando o modelo de contrato de concessão para um sistema de partilha; o terceiro cria um Fundo Social para gerir e distribuir os recursos. O dinheiro iria para saúde, educação e investimentos em ciência e tecnologia, meio ambiente e cultura. O último projeto visa capitalizar a Petrobras.

Os governadores dos estados do RJ, SP e ES, foram os primeiros a espernear, ao reinvindicarem que o modelo de concessão e distribuição dos royalties sejam mantidos. É preciso distinguir o que é “governo”, do que é “União”. Mandatos são transitórios, mas a soberania do país e o direito de sua população deveriam ser priorizados, sem demagogia.

Ninguém tem dúvida da necessidade de distribuir a riqueza entre todos, louve-se a criação também de um Fundo Social para receber os recursos provenientes do pré-sal, mas o cunho político que querem dar a estas mudanças, criando um um regime de partilha utilizado por países autoritários e de baixo IDH, parecem nos aproximar cada vez mais da África – vide Nigéria, Angola, Argélia, Marrocos – e nos colocar em companhia de países que possuem grandes reservas de óleo e que, em sua maioria, gozam de péssima reputação no quesito democracia. Estes são os casos de Arábia Saudita, Irã, Líbia, da vizinha Venezuela e da distante Rússia. O objetivo de apropriar uma renda maior é nobre e muito importante, mas a questão da gestão com interferências governamentais se torna um complicador.

Um regime de partilha entre “eles”, onde os atuais detentores do poder, sob o pretexto de resguardar o dinheiro para o povo brasileiro, querem mesmo se promover, dar visibilidade à campanha sucessória (e sua controversa candidata). A quem interessa transformar a exploração do petróleo em uma “ação entre amigos”? Esse papo de que estão preservando a Petrobrás de ser privatizada futuramente é mais uma balela… ninguém quer isso, e a empresa já adquiriu um porte que inviabiliza qualquer movimento nesse sentido. Restringir a participação de empresas especializadas no setor, dando preferência a grupos investidores pode comprometer as aplicações em pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Brasil, onde existe ainda uma demanda por mais conhecimento técnico na exploração do pré-sal.

Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, acredita que”esse regime vai colocar o Brasil num processo interessante de inserção internacional. Hoje, os países que detêm as maiores reservas de petróleo são complicados. Qual o valor para o mundo de se ter uma economia democrática, um país ocidental com óleo de boa qualidade e estabilidade do jogo?”. O presidente da EPE descarta a ideia de que, com o novo modelo regulatório, companhias petrolíferas internacionais perderão interesse em investir no Brasil. Ele diz que o que dá valor a uma empresa de petróleo é a quantidade de reservas que ela possui.

O que ocorre é mais uma ciumeira com o que foi feito de bom em governos anteriores. O pre-sal já é conhecido desde os tempos da ditadura. Será que o melhor para o Brasil é seguir esta linha? Já não basta termos na AL uma Venezuela? Que proposta é essa de conceder o direito de explorar os campos a seu bel-prazer? Consideram os processos de licitação injustos? Preferem “entregar” a alguns de seus escolhidos? Certamente isto poderia facilitar a “manipulação” das comissões e “por-foras”… cogitam subscrições, investimentos em mais de U$100 bilhões, para diluir a participação dos minoritários – principalmente dos detentores das ADRs.

O problema é que para o investidor manter sua fatia de participação na empresa será necessário injetar dinheiro-vivo, enquanto a proposta de capitalização por parte dos cofres públicos oferece uma matemática duvidosa, baseada na “doação” de 5 milhões de barris – não se sabe ao certo de onde – que ainda não teve seus custos dimensionados. Sem falar nos títulos que serem “emprestados” à Petrobrás. Ou seja: exigem dinheiro real dos pequenos acionistas, enquanto o governo entra com recursos “virtuais” (!?!?).

A pergunta que muitos brasileiros podem estar se fazendo desde que se começou a falar sobre pré-sal ganhou o mundo: “Essa riqueza será investida ou desperdiçada?”. A conceituada revista The Economist publicou uma reportagem sobre a capacidade de investimento do Brasil em petróleo.

Definindo o pré-sal como um “bilhete milionário”, a reportagem afirma que a exploração das reservas “será um teste moral crucial para o Brasil”, descrito como um país que tradicionalmente não pensa no futuro, “investe pouco e poupa ainda menos”. Diz ainda que “dependendo de como for utilizada, essa nova riqueza pode ajudar o país a superar a pobreza e o subdesenvolvimento, ou exagerar seu ímpeto gastador”.

Prêmio ou maldição a Pré-Petro-Sal
Ilustração: The Economist

Na reportagem, fala-se sobre o lançamento do novo marco regulatório para a exploração do petróleo nesta semana e os projetos enviados ao Congresso pelo governo. E, mesmo que o pedido de urgência seja acatado – o que ainda não ficou decidido – apostam que a aprovação não deve sair antes de dezembro, devido a impasses como a questão dos royalties.

A matéria ressalta que “esses são bons problemas para se ter”, e que o Brasil está mais preparado para lidar com eles do que muitos outros países. Mas finaliza: “Apesar disso, como falou Lula, o que parece um bilhete premiado pode facilmente se tornar uma maldição. Qualquer um que tenha acompanhado os escândalos recentes de corrupção no Congresso do Brasil saberá que um desastre como esse está bem dentro das atribuições dos parlamentares do país”.

Enfim… seria elogiável se o país fosse comandado por verdadeiros patriotas… o que deveria ser um fato econômico (ou até mesmo social), transforma-se em um palanque de campanha, mais um factóide político. Com todo desenvolvimento que a descoberta e aproveitamento do pré-sal possa trazer, ficam discutindo interesses por causa de um óleo poluente adormecido a mais de 6 mil metros de profundidade, no meio do oceano… sem falar que em mais alguns anos (ou décadas) – supõe-se que, baseado na demanda atual haverá uma grande carência de oferta em 2030 – até conseguirem a plenitude de sua exploração (?), o petróleo estará fadado ao abondono por questões ambientais, e novas fontes de energia limpa estarão disponíveis a custos bem inferiores.

Será o Pré-Sal uma riqueza descoberta por um telescópio apontado para o passado..?

Visando o futuro (eleições) com um pensamento e os olhos no retrovisor.

Referências: The Economist, Portal Administradores, G1

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Como negociar ouro

3 de setembro de 2009 by melhoresinvestimentos Leave a Comment

O ouro, que passou para o imaginário popular como o símbolo de riqueza e ostentação dos reis, é mais acessível ao investidor do que se pode supor. Há aplicações em ouro para todos os gostos e exposição aos riscos. Os investidores podem comprar ouro físico no mercado de balcão, ou buscar operações mais sofisticadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), onde são negociados contratos futuros, e opções (de compra ou venda) de ouro.

A formação do preço do metal no Brasil é baseada no preço praticado na Commodities Exchange (Comex), a bolsa de mercadorias de Nova Iorque, que é a maior bolsa de ouro do mundo e negocia o maior volume desse metal no mercado futuro. O motivo do mercado brasileiro se basear na Comex deve-se à coincidência de horários. O preço praticado internamente é o mesmo do pregão dessa bolsa no exato momento em que as quantidades estão sendo compradas ou vendidas, transformado para real pelo câmbio do dólar no mercado paralelo.

Existem também outros fatores que podem influir na determinação do preço do ouro no mercado brasileiro. Um exemplo: um fato qualquer que gere instabilidade política pode ser suficiente para aumentar o preço do ouro, assim como a normalidade política contribui para a estabilidade dos preços. Da mesma forma podem mexer com o preço do ouro alguns episódios nas áreas econômica ou social.

É desnecessário dizer que quando isso ocorre, o preço de outras mercadorias e das moedas estrangeiras, inclusive o dólar, igualmente recebem o impacto dessas mesmas variáveis.

Passo-a-passo de como negociar ouro

Há duas formas de comprar ouro: no mercado de balcão ou na BM&F. Para investir em ouro na bolsa, a primeira medida é abrir uma conta em uma corretora de valores. Uma vez cadastrado, o investidor requisita a compra do metal por meio da corretora. Na BM&F, os contratos são negociados em lotes-padrão de 250 gramas de ouro. Não é possível comprar, por exemplo, 100 gramas de ouro. O aplicador só pode adquirir lotes inteiros – um lote (250 gramas), dois lotes (500 gramas), três (750 gramas) e assim por diante.

Por isso, quem optar por operar na BM&F deve estar preparado para desembolsos elevados.

A partir da compra, o investidor tem duas opções. A primeira é deixar seu ouro guardado na BM&F ou em algum banco cadastrado pela bolsa para tanto. Quem guarda o ouro é chamado de custodiante, e cobra uma taxa por isso – a taxa de custódia, que é bastante familiar para quem já investe em ações. Além disso, ao adquirir o metal, o investidor também contrata um seguro – afinal de contas, em um caso extremo, alguém pode roubar o banco e, por tabela, o ouro ali depositado.

A outra opção é receber fisicamente o ouro – isto é, literalmente pegar as barras. Nesse caso, o principal inconveniente é a segurança. Alguém saindo de um banco com duas ou três barras de ouro está tão ou mais sujeito a ser assaltado do que uma pessoa que sacou algumas notas de real no caixa automático. Deixar o ouro no cofre de casa também expõe o investidor ao mesmo risco de ser assaltado e ver suas jóias e outros bens levados.

O outro custo envolvido na compra de ouro é o pagamento pelos serviços da corretora. Ao dar a ordem de compra, o investidor deve desembolsar um percentual do valor total envolvido na transação, de acordo com a corretora. Essa porcentagem envolve a taxa de corretagem, emolumentos e outros custos da instituição.

Venda e impostos

Para vender o metal, o investidor passará por uma de duas situações. A mais complicada é ele ter recebido fisicamente as barras. Neste caso, para voltar a vender o metal na BM&F, precisará primeiro contratar uma empresa especializada em certificar a qualidade e a autenticidade do metal, a fim de evitar fraudes. O preço não é baixo. Na média, esses especialistas cobram 2% do valor envolvido. Com o certificado de autenticidade, procura sua corretora, dá a ordem de venda e, uma vez fechado o negócio, entrega o metal em algum banco combinado.

Se o ouro ficou todo o tempo sob custódia da BM&F ou de alguma instituição, o caminho é mais simples. Basta ligar para a corretora e mandar vendê-lo. Em qualquer situação, haverá o custo da corretora. O investidor recebe pela venda no dia seguinte ao fechamento da operação (em D+1).

O único imposto pago por quem investir em ouro é o Imposto de Renda. A alíquota é sobre o lucro da operação. Ao contrário de algumas aplicações, em que a própria corretora já deposita o dinheiro na conta do investidor (líquido de impostos), no caso do ouro cabe à pessoa a tarefa de declará-lo.

Pequenos investidores

Mas não é necessário ter milhares de reais para incorporar o ouro ao seu repertório de investimentos. Também é possível aplicar no metal através do chamado mercado de balcão. Nesse mercado, é permitido investir em qualquer quantidade de ouro – até mesmo em um grama. Esse mercado é formado por corretoras especializadas em negociar o metal. A vantagem é justamente a flexibilidade de adequar o investimento ao tamanho do bolso do aplicador. Isso significa que, com pouco dinheiro (o custo de um grama), já é possível entrar no jogo.

Comprar ouro no balcão é como comprar dólar na casa de câmbio: não há uma taxa de corretagem. O lucro da corretora vem do spread entre o preço que ela paga pelo metal e aquele pelo qual o revende ao investidor. A desvantagem é que, geralmente, o ouro comprado no balcão tem entrega física – ou seja, a pessoa sai da instituição com alguns gramas de ouro na pasta. Para compensar o risco de ser assaltado e perder o investimento, o aplicador precisa se preocupar com a contratação de seguro e aluguel de um cofre em algum banco, por exemplo, para guardar seu patrimônio.

Se quiser vender o metal, terá de transportá-lo novamente até a corretora especializada. A vantagem é que o pagamento é feito à vista, no mesmo dia, em vez de no dia seguinte. O Imposto de Renda segue as mesmas regras do ouro negociado na BM&F.

Precificação

Diferentemente de outros ativos, o preço do ouro não depende unicamente do aumento ou diminuição de sua produção, pois ele é diretamente afetado pela conjuntura econômica mundial. Os países que dispõe de grandes reservas de ouro colocam e retiram o ouro do mercado de acordo com suas necessidades econômicas e financeiras.

Assim, o seu preço depende da instabilidade política dos países produtores, a atuação de investidores e especuladores no mercado internacional, do preço do petróleo, do mercado de câmbio, da inflação, da perspectiva de produção futura, das jazidas em atividade, etc…

O mercado de ouro no Brasil é recente e tomou impulso em 1982. As negociações até então não apresentavam um esquema organizado. Em 1986, a BM&F criou mecanismos de negociação de ouro, tornando-o uma forma alternativa e interessante de investimento.

Historicamente mantém-se vinculado aos preços de Londres e Nova York. É determinado principalmente pelo preço praticado na Comex, como já foi mencionado anteriormente.

As cotações são feitas em reais por grama de ouro puro. Converte-se a onça troy em gramas (1 onça = 31,1035 gr). Converte-se o dólar em reais pela cotação do mercado paralelo.

Riscos

Reserva de valor consagrada desde a Antiguidade, o ouro também é uma aplicação de risco, sujeito a reveses. Ter ouro não é garantia de que você ficará mais rico a cada dia. Como todo ativo, em alguns momentos, se a oferta for muita, o preço pode cair. Mas a flutuação tende a ser mais amena que o de outros investimentos, como as ações

Além disso, como todo investimento, é preciso conhecer o mercado. Muitos consultores financeiros afirmam que o ouro é um tipo de aplicação recomendado para investidores experientes, por causa da variação diária da cotação. Como o ouro é negociado mundialmente, a formação de seu preço segue os mesmos princípios do de qualquer commodity. Por isso, outro perigo para quem investe em ouro é o risco cambial. Como o preço é ditado pelo mercado mundial, oscilações negativas no dólar podem derreter os ganhos de quem investiu reais no ouro.

Mas, em momentos de crise, os números deixam claro que o metal é uma das opções para se proteger. Para quem está cansado da montanha-russa em que se transformou o mercado financeiro, esta pode ser uma opção relativamente segura.

Especificações do Contrato Futuro de Ouro 250 Gramas

  1. Objeto de negociação

Ouro fino, sob forma de lingote, fundido por empresa refinadora e custodiado em instituição depositária, ambas credenciadas pela BM&F.

  1. Cotação

Reais por grama, com até três casas decimais.

  1. Variação mínima de apregoação

R$0,001 por grama.

  1. Oscilação máxima diária

5% sobre o valor do terceiro vencimento em aberto, calculados sobre o preço de ajuste do pregão anterior.

Os dois primeiros vencimentos abertos à negociação não estão sujeitos a limites de oscilação.

A Bolsa poderá, a qualquer momento, alterar os limites de oscilação, bem como sua aplicação aos diversos vencimentos, inclusive para aqueles que habitualmente não têm limites.

  1. Unidade de negociação

Lote padrão de 250 gramas de ouro fino.

  1. Meses de vencimento

Todos os meses.

  1. Número de vencimentos em abertos

No máximo doze.

  1. Data de vencimento e último dia de negociação

Último dia útil do mês anterior ao mês de vencimento.

  1. Day trade

São admitidas operações de compra e venda para liquidação diária (day trade), desde que realizadas no mesmo pregão, pelo mesmo cliente (ou operador especial), intermediadas pela mesma corretora de mercadorias e registradas pelo mesmo membro de compensação. Os resultados auferidos nessas operações são movimentados financeiramente no dia útil seguinte ao de sua realização.

  1. Ajuste diário

As posições em aberto ao final de cada pregão serão ajustadas com base no preço de ajuste do dia, estabelecido no call de fechamento, conforme regras da Bolsa, com movimentação financeira em D+1.

O ajuste diário será calculado de acordo com as seguintes fórmulas:

  1. a) ajuste das operações realizadas no dia AD = (PAt- PO) x 250 x n
  2. b) ajuste das posições em aberto no dia anterior AD = (PAt- PAt-1) x 250 x n

onde:

AD = valor do ajuste diário;

PAt = preço de ajuste do dia;

PO = preço da operação;

n = número de contratos;

PAt-1 = preço de ajuste do dia anterior.

O valor do ajuste diário, se positivo, será creditado ao comprador e debitado ao vendedor; caso o valor seja negativo, será debitado ao comprador e creditado ao vendedor.

  1. Condições de liquidação no vencimento

A liquidação física pelo vendedor será realizada no dia útil seguinte ao último dia de negociação, com a entrega de 249,75 gramas de ouro fino, contido em lingotes de 250 ou 1.000 gramas, com teor de pureza de no mínimo 999,0 partes de ouro fino para cada 1.000 partes de metal, ou em lingotes de 100 ou 400 onças, com teor de pureza de no mínimo 995,0 partes de ouro fino para cada 1.000 partes de metal.

A liquidação financeira pelo comprador será efetuada no dia útil subseqüente ao último dia de negociação, com o pagamento do valor de liquidação definido pela seguinte fórmula:

VL = P x 249,75 onde:

VL = valor de liquidação por contrato;

P = preço de ajuste do último dia de negociação.

  1. Hedgers Fundidores e fornecedores de ouro, joalherias, mineradoras e empresas assemelhadas, a critério da Bolsa.
  2. Margem de garantia

Valor fixo por contrato, devida em D+1, com redução de 20% para hedgers. A margem de garantia é alterável a qualquer momento, a critério da Bolsa.

  1. Ativos aceitos como margem

Dinheiro, ouro e, a critério da Bolsa, títulos públicos e privados, cartas de fiança, apólices de seguro, ações e cotas de fundos fechados de investimento em ações.

  1. Custos operacionais
  • Taxa operacional básica

Operação normal: 0,25%; day trade: 0,1%.

A taxa operacional básica, sujeita a valor mínimo estabelecido pela Bolsa, é calculada sobre o preço de ajuste do pregão anterior do primeiro vencimento em aberto.

  • Taxa de liquidação no vencimento

0,3% sobre o valor de liquidação.

  • Taxas da Bolsa (emolumentos e contribuição para o Fundo de Garantia)

6,32% da taxa operacional básica ou da taxa de liquidação no vencimento.

  • Taxa de registro Valor fixo divulgado pela BM&F.

Os custos operacionais são devidos no dia útil seguinte ao de realização da operação no pregão.

Os sócios efetivos pagarão no máximo 75% da taxa operacional básica e da taxa de liquidação no vencimento, e 75% dos demais custos operacionais (taxas de registro e da Bolsa). Os investidores institucionais pagarão 75% das taxas de registro e da Bolsa.

  1. Normas complementares

Fazem parte integrante deste contrato a legislação em vigor e as normas e os procedimentos da BM&F, definidos em seus Estatutos Sociais, Regulamento de Operações e ofícios circulares, bem como no Protocolo de Intenções entre as bolsas de valores, de mercadorias e de mercados de liquidação futura, de 25.5.88, observadas, adicionalmente, as regras específicas do Banco Central do Brasil.

OFÍCIO CIRCULAR 133/94-SG, DE 30.6.94

(Fonte: BM&F)

Vencimentos Autorizados (OZ1)

V09 – Outubro 2009

X09 – Novembro 2009

Z09 – Dezembro 2009

F10 – Janeiro 2010

G10 – Fevereiro 2010

Liquidez

No mercado internacional, a crise também mexeu com a demanda – houve alta de 45% — pelo ouro no terceiro trimestre de 2008, segundo o World Gold Council, no relatório Gold Demand Trends (Tendência da Demanda por Ouro). Mas, no Brasil, os negócios são limitados, o que faz com que a liquidez seja baixa.

Nas operações na BM&F, a quantidade de contratos abertos nas opções s/ disponível – que têm preços de exercício (R$/g) entre 52 e 70 reais – para vencimento em NOV2009, é bem maior que nos contratos futuros.

Hoje (03/09/09) são apenas 80 posições abertas entre as DTVMs e Corretoras e as PJ não-financeiras. Nas opções o número de contratos chega a 24 mil.

No passado, quando não havia no Brasil um mercado de dólar futuro – como o atual na Bolsa de Mercadorias e Futuros – a compra de ouro representava uma espécie de aplicação em dólar, além de uma proteção contra a inflação. Com a estabilidade do real e os preços sob controle, a demanda caiu.

Apesar da alta do ativo, as negociações com contratos de ouro padrão (250g) foram maiores no início do ano passado, com 140 negócios em janeiro, contra 122 no mês de novembro. Já na comparação entre 2007 e 2008, o aumento de negócios é mais significativo. De janeiro a dezembro de 2007, ocorreram 9.118 negócios, enquanto no mesmo período de 2008, passou de 12 mil contratos. Mas nada comparado com os 92.357 contratos de 2000.

Além destes tipos de aplicação, existem gestoras de fundos internacionais que oferecem a possibilidade da compra de quotas de seus produtos financeiros, ou mesmo bancos nacionais que oferecem algum tipo de serviço para investimentos no metal. Informe-se com o seu gerente.

Uma distribuidora brasileira especializada em negociação com ouro é a Ourominas, que possui inclusive uma loja virtual de fácil acesso.

Referências: BM&F, EXAME, AE Investimentos, Infomoney, Ourominas

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