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Melhores Investimentos

Alternativas de Investimento

29 de setembro de 2009 by melhoresinvestimentos Leave a Comment

É indiscutível que já era hora de o Brasil ter taxas de juros mais civilizadas. Entre outras benesses, a queda da Selic para um dígito vai favorecer investimentos em infraestrutura, permitir que o setor privado tenha maior acesso a crédito, incentivar os investimentos em bolsa de valores, desenvolver o mercado imobiliário e permitir ao país um maior planejamento de longo prazo.

No entanto, para os poupadores que se acostumaram a obter retornos atraentes com risco baixo em aplicações de renda fixa, a vida ficou bem mais difícil. Hoje, com a Selic em 8,75% ao ano, o rendimento dos títulos públicos pode ser considerado pífio se comparado ao de dez anos atrás. No início de 1999, em seus primeiros dias à frente do Banco Central, o ex-presidente da instituição Arminio Fraga chegou a jogar os juros para 45% ao ano como forma atravessar a crise de confiança enfrentada pelo Brasil logo após a desvalorização do real.

A primeira consequência da redução da Selic deve ser o aumento do apetite por risco. Quem é conservador e se acostumou a ganhar muito dinheiro com aplicações em títulos públicos, provavelmente terá de apostar agora em fundos mais arrojados de renda fixa ou multimercados. Abaixo o Portal EXAME explica algumas alternativas de risco baixo que ainda podem garantir um rendimento de até 1% ao mês. Pode parecer pouco, mas não é. Títulos públicos ou caderneta de poupança pagam ao investidor um retorno inferior a 0,70%. Às alternativas:

1- Fundos multimercados “low vol”: como qualquer multimercado, esses fundos podem aplicar o dinheiro do cotista em diversas classes de ativos. No entanto, os fundos “low vol” prometem ao investidor, muitas vezes em contrato, uma pequena volatilidade ao longo do mês, de no máximo 3%, por exemplo. Isso significa que o ganho ou a perda mensal dessa aplicação não pode ultrapassar esse percentual. Os fundos “low vol” oferecem baixo risco ao investidor porque a maior parte dos recursos fica investida em títulos públicos. Só uma pequena parcela é direcionada a papéis de renda variável, entre eles ações e contratos de opções. Mesmo que o gestor faça uma aposta errada em uma dessas operações, como o resto do patrimônio do fundo estará aplicada em papéis bem mais seguros, a perda será muito pequena. Por outro lado, se uma pequena operação no mercado de opções for bem-sucedida, a valorização do contrato pode ultrapassar 500%, gerando ao cotista um ganho superior ao do investimento só em títulos públicos.

“Esse produto foi desenvolvido para o investidor que quer risco baixo. Pode ser uma pessoa física acostumada a ganhar com títulos públicos, mas que agora quer dar uma pequena turbinada na aplicação. Também pode ser um fundo de pensão que já direciona boa parte de seus recursos em renda variável e quer deixar o resto em algo levemente mais arriscado que a renda fixa”, diz Jacob Weintraub, sócio-gestor da Oren Investimentos. Segundo ele, recentemente o fundo “low vol” da Oren tem conseguido entregar aos cotistas um retorno próximo a 140% do CDI, equivalente a 1% ao mês.

2 – Debêntures: são títulos de dívida privada bastante usados por empresas que querem fazer investimentos. Funcionam da mesma forma que os títulos públicos emitidos pelo governo. O Tesouro Direto, inclusive, é considerado por especialistas uma boa forma de as pessoas físicas darem seus primeiros passos no mercado de renda fixa. O movimento seguinte seria investir em debêntures, que costumam pagar um juro maior que o dos papéis do governo. Em uma emissão em julho, por exemplo, a TAM emitiu debêntures com vencimento em 2013 que pagam um rendimento de 126,5% do CDI. Não é o suficiente neste momento para atingir um retorno de 1% ao mês, mas isso deve acontecer com a provável alta dos juros no próximo ano. Os contratos de juros futuros com vencimento em janeiro de 2011 negociados na BM&F já superam 10% ao ano. Para os analistas do banco britânico Barclays, o Banco Central deve começar a elevar a Selic (taxa básica de juros da economia brasileira) a partir de julho e projetam um juro de 10,75% em dezembro do próximo ano.

As debêntures, no entanto, também têm desvantagens. “Antes de comprar esses papéis, é necessário analisar o balanço da empresa e verificar se ela tem uma capacidade de geração de caixa suficiente para honrar suas dívidas”, diz Manuel Lamas, responsável pela área de renda fixa da XP Investimentos. Isso pode ser feito de duas maneiras: 1) Fazer uma análise própria do balanço da empresa; ou 2) Pedir aconselhamento a um profissional.

As debêntures também possuem um mercado secundário com muito pouca liquidez. Em geral, o investidor terá de carregar o papel até seu vencimento – às vezes, vários anos à frente – e não poderá utilizar o dinheiro investido para outros fins nesse período. Os títulos públicos, ao contrário, podem ser revendidos ao governo todas as quartas-feiras, quando o Tesouro Nacional faz leilões de recompra. Uma terceira desvantagem das debêntures é que muitas emissões exigem um investimento mínimo inviável para pessoas físicas. “Mas isso tende a mudar”, diz Lamas. “As empresas já perceberam que há um apetite de pequenos investidores por esses papéis e vão querer aproveitá-lo.” A Vivo, por exemplo, fará uma emissão de 600 milhões de reais em debêntures em outubro. Cada papel terá um valor de mil reais – bastante acessível, portanto, a pessoas físicas.

3 – Outros títulos de crédito: As debêntures não são a única classe de investimento em títulos privados no Brasil. Os FIDC (fundos de investimentos em direitos creditórios) começam a se tornar bastante comuns e possuem uma grande vantagem em relação às debêntures: o risco pulverizado. Se uma empresa quebrar, quem comprou suas debêntures pode não receber nada de volta. Já os FIDC incluem pacotes de empréstimos vendidos ao mercado por instituições financeiras. Esses pacotes incluem crédito pessoal, financiamento a veículos, duplicatas comerciais ou outros tipos de empréstimos. Se uma pessoa não pagar uma prestação de financiamento do seu veículo, o prejuízo para toda a carteira será pequeno. Além disso, em geral os FIDC têm duas cotas: uma sênior, que é onde entra o investidor, e a outra subordinada, que é do banco. A cota subordinada arca primeiro com as perdas da inadimplência e, só depois de ultrapassado um certo patamar, os investidores da cota sênior passam a ter prejuízo também.

Em troca desse risco menor que o das debêntures, os FIDC costumam pagar uma remuneração um pouco mais baixa. O banco Modal, por exemplo, possui um FIDC que rende 110% do CDI. Para render 1% ao mês, um fundo teria de comprar créditos bastante arriscados. Em geral, a análise do risco de um FIDC é feita por uma agência de classificação de risco. O prêmio que será pago aos investidores será maior ou menor dependendo da nota que a agência conceder aos papéis. Além dos FIDC, outra opção de crédito privado são os CRI (certificados de recebíveis imobiliários). Lastreado por um empreendimento imobiliário, os CRI têm uma grande vantagem sobre o FIDC: o ganho do investidor pessoa física está isento de Imposto de Renda.

A popularização desses instrumentos de crédito ainda depende de avanços regulatórios e de uma maior sofisticação do mercado brasileiro. Para Marcelo Xandó, diretor da gestora de recursos Verax, no entanto, já há cinco anos o crédito privado pode ser considerado uma categoria viável de investimento no Brasil. “Da mesma forma que os investidores costumam diversificar suas carteiras com títulos públicos, fundos multimercados e ações, acho que é saudável ter também uma parcela dos recursos investida em crédito”, diz Xandó. “Mas isso tem de ser feitos aos poucos, para que o investidor tenha tempo de aprender o funcionamento de cada instrumento de crédito.”

Fonte: Portal EXAME

Imagem: ehow

Filed Under: investimentos

Lições da crise para jamais esquecer

26 de setembro de 2009 by melhoresinvestimentos Leave a Comment

Durante o período de crise, tivemos, certamente, o que foi a oportunidade da década para investir em diversas ações.

Chamo a sua atenção para aspectos relevantes e que devem servir para toda a vida do investidor. Isto certamente será importante quando a sinfonia do desespero voltar no futuro a tocar durante os pregões da bolsa:

Pessimismo é o maior aliado do investidor de longo prazo! Esta frase deve ser gravada na memória para sempre. Vamos voltar 12 meses no tempo para entender melhor isto, agora que ele vai dando vez a um otimismo moderado.

Em setembro de 2008, o mundo assistiu estarrecido a sucessivas possibilidades de quebra de grandes bancos americanos, empresas do setor imobiliário e até mesmo tradicionais blue chips do setor industrial. Você ligava a televisão, assistia qualquer dos jornais que tratassem de economia e tinha um só sentimento: O mundo acabou! Fuja enquanto há tempo!

Especialistas foram consultados e a orientação predominante era: fique fora daqui! O trovão previsto nesta postagem originalmente veiculada no último trimestre de 2008 no blog de fato veio. Foram seguidos dias de acionamento de circuit brakers no Brasil e em outras partes do mundo. As ações estavam parecendo opções e virando pó, como se diz neste mercado.

No entanto, investidores que se desligaram do noticiário e se mantiveram firmes em lições históricas de grandes investidores, como Benjamim Graham, estavam eufóricos, consultando os indicadores fundamentalistas das empresas e se saboreando da profusão de pechinchas que surgiam dia a dia. Tinha para todos os gostos. Aquelas oportunidades que pareciam só existir em livros estavam lá, aos montes.

Ativos negociados abaixo do valor disponível em caixa, empresas que projetavam mais de 25% de dividendos ao ano (confirmado mesmo durante a crise) e alguns absurdos como bancos e construtoras bem administradas custando até mesmo 30% do valor patrimonial. Afinal, estávamos no Brasil ou nos Estados Unidos? Será que os menos de 4% do PIB em crédito imobiliário que temos por aqui iria desestabilizar o sistema brasileiro? Onde era a alavancagem de mais de 20 vezes o capital em empréstimos? No pânico, poucos parecem ter pensado nisto.

Novamente, o mundo virou. E agora que a promoção compre 1, leve 3 das ações está findando, você está sendo maciçamente convidado para entrar no mercado. Setores antes abominados têm seus relatórios de análise hoje começando da seguinte forma: Veja bem (…). É, veja bem mesmo, porque quanto mais o pessimismo se afasta, mais o seu risco aumenta. Parece incrível, mas neste momento a análise da diferença entre preço e valor indica o seguinte: alguns preços já subiram mais de 400% e o valor certamente não acompanhou nem ¼ disto.

Agora, ao ligar o noticiário de economia, em quaisquer dos meios de comunicação, uma nova onda toma conta do mercado: Não fique fora! Sei lá quem abandona tudo para viver do mercado… Surgem as primeiras projeções de bolsa a trocentos mil pontos, em substituição àquelas em que o índice ira passar do chão. As diferenças de projeções, apenas 1 ano depois das previsões apocalípticas passam de arrepiantes 2.000%.

E que diferença faz hoje para quem comprou no olho do furacão? Simples, vários estão com pelo menos o dobro do capital utilizado para este intento. Capital este que estava na renda fixa aguardando por grandes oportunidades. Agora, pode recompor a renda fixa aos poucos e manter no mínimo o mesmo capital inicialmente investido.

Estará, então, aproveitando eventual aumento de longo prazo do vigor da economia brasileira, o que se reflete nos preços das ações a longo prazo e ao mesmo tempo preparado para eventual X, Y, W, Z, U ou que letra for a recuperação da economia mundial.

Portanto, tentar prever o futuro certamente não é o melhor caminho para o sucesso do investimento em ações. Adaptar-se às circunstâncias, aproveitar as pechinchas com foco nos indicadores fundamentalistas e realizar lucros quando as ações ficam caras (sobre isto veja esta postagem) independentemente do que a massa lhe manda fazer pode sim trazer resultados muito superiores.

Abraços,

Small caps – Anderson Lueders

Autor do Livro “INVESTINDO EM SMALL CAPS”

Editora : Campus

 

Filed Under: Crise financeira

Confiança nos Investimentos

25 de setembro de 2009 by melhoresinvestimentos Leave a Comment

No início do ano passado a forte valorização apresentada pelas bolsas era um convite à entrada de novos investidores no mercado de renda variável. Pessoas que nunca haviam comprado uma ação ficaram eufóricas com o histórico de rentabilidade e decidiram se aventurar. Veio a crise e, junto com a queda significativa nos mercados, a confiança ficou extremamente abalada, a ponto de fazer muita gente desprezar uma grande oportunidade de multiplicar seu dinheiro. Quem soube aproveitar está muito satisfeito. Mas ainda existem aqueles que mal se recuperaram do trauma (e das perdas). Agora que os índices já voltaram a níveis elevados, a empolgação começa a agir novamente no inconsciente coletivo. O controle emocional é um dos fatores mais importantes para o sucesso financeiro.

Trauma impede que investidor desfrute recuperação

Ibovespa em queda exagerada aos 29 mil pontos – com Petrobras a R$ 17 e Vale a R$ 21 correspondeu a um mundo que estava à beira do “colapso financeiro total”, nas palavras do presidente dos EUA, Barack Obama. Este cenário ficou para trás, com a vantagem de ter deixado clarões de aprendizado, a experiência dos erros e a certeza de que poderemos sempre contar com a mão forte do Estado para evitar o desastre final. Mais do que isso: de agora em diante, a falácia do capitalismo neoliberal sem regulamentos, a crença na eficiência dos mercados e na racionalidade dos agentes econômicos não terão mais a absoluta confiança de um auditório iludido. A mão invisível do mercado, se não era de vidro e não se quebrou, certamente não poderá mais viver sem a mão amiga do Estado.

A percepção dos riscos tornou-se mais difundida do que antes e ganhou consistência. O mercado financeiro é como um grande e sólido navio a navegar ao mesmo tempo em mares previsíveis e em inesperadas correntes: quando estimulantes e promissoras, elas podem fazê-lo subir exageradamente, envolvendo-o numa bolha; se ela explode, o pânico faz todos correrem para o mesmo lado, e o navio pode virar. Estas situações são extremas e raras, mas não tão raras a ponto de evitar muitos prejuízos e a provocação de traumas. Há também traumas coletivos, capazes de ser transmitidos através de gerações. Por isso, o colapso de 1929 foi uma assombração que perpassou a crise que se agravou com a falência do Lehman Brothers, em setembro.

A psicanálise pensa o trauma como a experiência sofrida pelo indivíduo ou grupo diante de uma vivência de catástrofe. Uma de suas principais características – e o que ilumina seu efeito devastador sobre o equilíbrio mental – é o fato de produzir uma quantidade violenta e intensa de excitação, na forma de ameaça, angústia, sofrimento e dor, incapaz de ser suportada e digerida pelo sujeito. Exemplo mais conhecido e universal é o trauma do nascimento, que retira o bebê do aconchego do útero materno, lançando-o a um exílio que produz seus efeitos sob formas mais ou menos atenuadas ao longo da vida. O trauma de guerra é outra situação que fica registrada na mente, vivência que é reexperimentada subjetivamente de forma sofrida e repetitiva para além do cenário original que o causou.

Pois estas são as características de um acontecimento traumático: a impotência e o desamparo frente à situação original; a fixação emocional que insiste em se manter no psiquismo, infiltrando-se a cada vez que a situação original é evocada e reenviando o sujeito ao evento que o marcou. Portanto, a repetição das emoções provocadas pelo trauma não-elaborado e insuperado ocorre a cada situação que o relembre. Porque o sujeito não consegue transcender – simbolizando (pensando) e fazendo evoluir a situação catastrófica, portanto, contextualizando-a e diluindo-a. Ao contrário, há um automatismo nesta repetição, com a emergência do pânico que eclode de forma inadvertida e incontrolável a cada situação – geralmente inócua – que o relembre. Pois além do evento externo, o trauma tem seu registro na realidade psíquica.

A percepção da realidade atual, com suas novas configurações – o crédito voltando a fluir, os indicadores prenunciando a recuperação, as empresas resgatando até certo ponto os múltiplos de uma economia fora do perigo – fica eclipsada pela memória do trauma. O indivíduo presta culto ao acontecimento mítico que o assolou, fixando-se nele, como se não pudesse lhe ser infiel, numa incrível identificação com a situação agressiva. Fica incapaz de observar a eventualidade de uma recuperação que se desenrola como se fosse indiferente às vítimas da situação que a antecedeu.

Um dos estragos invisíveis e não computados da última crise financeira que agora anuncia sua estiagem são os investidores assolados por um trauma de perda. Há pouco, nas correções dos mercados em junho – que caíram após a forte alta de mais de 40% – muitos sentiram novamente o cheiro do ralo, isto é, o temor traumático de ver o patrimônio mais uma vez perder seu valor. Quem esquecerá facilmente os 29 mil pontos, depois de ter festejado 72 mil pontos? Agora que voltamos aos 55 mil, 56 mil pontos, a cada recuperação aumenta a vertigem do trauma, o pavor de reviver uma insensata e incontrolável queda, o terror e o pânico ante novo desabamento.

Valor – 21/8/2009

Posted by César Tibúrcio

http://financascomportamentais.blogspot.com/

Filed Under: Bolsa de valores

O que importa é daqui para frente

24 de setembro de 2009 by melhoresinvestimentos Leave a Comment

Esse novo grau de investimento não muda (Moody’s?) nada! Eles que ficaram atrasados e perderam o timing…

O mercado tinha antecipado a recuperação ( corrigindo os exageros da queda) e já estava tudo precificado. O cenário é outro, não há o receio de a bolsa entrar novamente em parafuso, de ocorrer um novo crash. Ninguém espera outras baixas de 10% ao dia, com sequência de circuit breakers. A coisa amadureceu, principalmente no Brasil.

É aí que mora o perigo… lá fora, a injeção de enormes quantidades de capital estancou a sangria. Quem tinha que quebrar (os bancos) já se foi. Mas os problemas não foram resolvidos. As transações comerciais estão paradas, o déficit gêmeos dos EUA é um absurdo, o país está em uma encruzilhada de extremos – teme a deflação, e corre o risco de ter uma hiperinflação. Logo voltam a subir os juros, e, de qualquer forma, vão ficar muitos anos (ou décadas) sem crescer. A China é um mistério… vem tentando manter (?) o ritmo à base do dinheiro e incentivos governamentais. Seu mercado interno é fraco, a população não tem poder de compra, e não tem para onde escoar o que produz. Vai continuar absorvendo as commodities até quando?

As grandes bancas, e o capital especulativo, vivem dos movimentos e oscilações nas cotações. Dificilmente haverá espaço em curto prazo para mais subidas vertiginosas. Enquanto isso, a massa de pequenos investidores (com destaque para as pessoas físicas) foi novamente atraída para a RV, com uma propaganda maciça e notícias favoráveis – bastante tendenciosas.

Mas aqui ainda existem sérios desequilíbrios: os investimentos ficaram parados. A relação dívida PIB continua alta, apesar do menor custo de carregamento com os juros mais baixos e de medidas temporárias (redução do IPI). Os gastos públicos aumentaram, assim como o déficit da previdência, e as contas não fecham, o orçamento é uma fantasia, cheia de remendos, calcada na arrecadação (enorme carga tributária) e expectativa de volta do crescimento. As ações do governo objetivam a próxima eleição, e entre o populismo e o medo de perderem o controle, jogam com o congresso para aprovar medidas questionáveis.

Essa mudança na renda da caderneta é outro absurdo, mexer na poupança popular pode ser um tiro no pé. Tudo bem que 95% das contas está na faixa até 50 mil… mas por que não diminuir a taxação dos fundos para torná-los mais competitivos? Novamente, o governo depende da grana para bancar sua folha de pagamento.

O risco não é mais uma outra “grande queda”. Embora alguns analistas apostem nisso, a maioria das pessoas está agora confiante, o que se deduz pelos comentários em fóruns e os indicadores de sentimento do mercado. O que pode acontecer (não estou afirmando isso) é uma nova perna prolongada de baixa, pegando incautos de surpresa a cada repique (aqueles que acham que é para comprar nos recuos). Porque se as bancas não tiverem para quem vender, a liquidez de suas estratégias vai ficar penalizada.

E basta lançarem notícias com os verdadeiros fatos… que a coisa não está toda essa maravilha que pintaram, para o mundo cair na real. Passado, atrasado, precificado… ficou tudo no retrovisor. Temos que continuar daqui por diante!

Abs ^v^

Filed Under: Crise financeira

Investment Grade

23 de setembro de 2009 by melhoresinvestimentos Leave a Comment

Quando empresas ou países recorrem ao mercado internacional, lançando títulos que oferecem juros aos investidores, tais empresas ou países passam a serem avaliados por agências que preparam “rating” de seus títulos para que os potenciais compradores os avaliem. Tais “ratings” refletem a percepção das agências quanto às capacidades que as empresas ou os países emissores de títulos no mercado internacional honrem seus compromissos financeiros, considerando a possibilidade da ocorrência de uma suspensão dos pagamentos (“default”).

Assim, a classificação de uma empresa ou país com o “grau de investimento” equivale a uma recomendação, por parte da agência de “rating”, para a compra dos títulos que são emitidos por estas empresas ou países. Quando se trata da avaliação de um país, são levados em conta a condução da política econômica (leia-se: a política monetária, as contas públicas e as contas externas) e outros fatores, tais como: as condições políticas, o marco regulatório e as condições da economia mundial.

As agências de classificação de risco mais importantes são a Standard & Poor’s, a Moody’s e a Fitch Ratings, cujos “ratings” globais seguem a escala abaixo:

Investment Grade
Investment Grade

Em 30 de Abril de 2008, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s elevou o Brasil de BB+ (mais) para BBBB– (menos), o que equivale à classificação de “grau de investimento”. Em menos de um mês depois, em 29 de maio de 2008, a Fitch Ratings (cujo “rating” é semelhante ao da Standard’s & Poor’s”) também elevou o Brasil para grau de investimento.

Um país classificado como “grau de investimento” acaba atraindo investidores estrangeiros, especialmente grandes fundos de investimento, que possuem cláusulas de que não podem investir em países que não possuem “grau de investimento”. Uma maior oferta de recursos externos direcionados ao país, por sua vez, pressiona favoravelmente não somente a uma valorização da moeda nacional em relação ao dólar como também à uma queda dos juros pagos nos títulos ngociados no exterior, que acaba se refletindo em uma melhor percepção do chamado “risco-país”.

O risco-país é medido pelo JP Morgan Chase através do Emerging Markets Bonds Index Plus (EMBI+) – também conhecido como Índice de Títulos de Mercados Emergentes – que compara os juros implícitos nos preços dos títulos emitidos pelos países emergentes com os juros por títulos emitidos pelo governo norte-americano (que servem de parâmetro por serem considerados os mais seguros do mundo). Atualmente o risco-país está em 220 pontos, o que significa que os títulos emitidos pelo Brasil pagam, aproximadamente, 2,2% a.a. a mais do que os títulos equivalentes emitidos pelos EUA .

Quando a Standard & Poor’s elevou a avaliação do Brasil o Ibovespa subiu 6,33% atingindo a marca dos 68.000 pontos. Um impacto tão forte sobre a Bovespa não foi observado quando a Fitch Ratings também passou a classificar o Brasil com o “grau de investimento”. Isto ocorreu porque o anúncio da Standard & Poor’s surpreendeu o mercado, mas logo depois já se esperava um anúncio semelhante pela Fitch Ratings.

O anúncio da Moody’s também já era aguardado a um certo tempo. De fato, a crise internacional que foi desencadeada no segundo semestre do ano passado serviu como um fator extra para adiar a reavaliação da classificação do Brasil. Sabia-se, no entanto, que desde 6 de julho deste ano a Moody’s estava reavaliando a classificação do Brasil e já era esperado que a Moody’s acompanhasse as outras duas principais agências, o que serviu de combustível extra nas últimas semanas para a pressão compradora na Bovespa, elevando o preço das ações negociadas. Desse modo, o mercado novamente não foi pego de surpreza com anúncio, e não se observou um impacto tão forte sobre as ações negociadas na Bovespa como aquele verificado após o anuncio da Standard & Poor’s.

Mais uma vez, prevaleceu a máxima do mercado que diz: “a bolsa sobe no boato e realiza no fato”.

 

Paulo C. Coimbra (FUCAPE Business School)

http://pccoimbra.blogspot.com/

 

Imagem: noloadfunds.com

Filed Under: Mercado financeiro

Tesouro Direto versus Poupança

22 de setembro de 2009 by melhoresinvestimentos Leave a Comment

As páginas na internet do Tesouro Nacional e da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) passarão a comparar o rendimento dos títulos públicos federais com a caderneta de poupança. A comparação será feita por um simulador, disponível nos dois sites, que foi lançado ontem dentro de um projeto de popularização do Tesouro Direto, o programa de venda de papéis federais para pessoas físicas.

O simulador traça a estratégia de aplicação em títulos de acordo com os objetivos e prazos indicados pelo investidor. Quem quiser poderá casar o sonho desejado com o dinheiro disponível para a aplicação. Pode ser, por exemplo, uma casa própria, a troca do carro, a aposentadoria ou a universidade dos filhos.

O simulador calcula o valor que será necessário investir e por quanto tempo para atingir o objetivo. O acesso é gratuito nas páginas na internet da Bolsa (www.bmfbovespa.com.br/tesourodireto) e do Tesouro (www.tesouro.fazenda.gov.br). O programa faz uma comparação automática se o mesmo investimento fosse feito com caderneta poupança.

O investidor que não está familiarizado com aplicação em títulos públicos, tributação do investimento e não conhece o programa Tesouro Direto poderá acessar um curso online na própria página do simulador. “Os caminhos são bastante simples”, destacou a diretora-executiva de Produtos da BM&FBovespa. Segundo ela, a parceria com o Tesouro faz parte do programa da bolsa de educação financeira, que já lançou as campanhas a “Bolsa vai à Praia” e a “Bolsa vai ao Campo”

Numa simulação feita pelo consultor financeiro Gustavo Cerbasi, convidado pela bolsa para apresentar o programa, um investidor que aplicar R$ 800 por mês em um título prefixado (NTN-F), durante sete anos, ao final do período terá R$ 101,32 mil. Se o mesmo dinheiro fosse aplicado na poupança, o investidor teria R$ 87,84 mil.

Segundo o secretário-adjunto do Tesouro, Paulo Valle, o Tesouro Direto é um investimento complementar à poupança. “A poupança é um investimento de mais curto prazo. O investimento em título dá mais opções. É de mais longo prazo e mais rentável”, disse. Para Valle, o simulador vai funcionar com uma “porta de entrada” para o programa que ajuda o investidor a escolher a melhor opção de aplicação dentro do leque de 15 títulos que estão à venda.

Em julho, o programa atingiu a marca de R$ 150,75 milhões de compras no mês, com 163 mil investidores cadastrados – três mil deles novos.

 

Do portal Educação Financeira

http://www.maisativos.com.br/

 

Fonte: Jornal da Tarde

Imagem: photobucket.com

Filed Under: investimentos Tagged With: bolsa de valores, poupança, tesouro direto, titulos publicos

O valor das marcas

21 de setembro de 2009 by melhoresinvestimentos Leave a Comment

A maioria das grandes marcas corporativas perdeu valor de mercado em razão da crise econômica mundial, deflagrada há um ano e que começa, lentamente, a acabar. A nona edição do estudo Melhores Marcas Globais (Best Global Brands 2009), da consultoria Interbrands, divulgada sexta-feira, descreve o comportamento negativo das 100 mais importantes marcas este ano.

Pela primeira vez, o valor total delas recuou, somando US$ 1,15 trilhão. Segundo o ranking elaborado em parceria com a revista Business Week, esse grupo de bens intangíveis ficou US$ 55 bilhões inferior em relação ao ano passado, uma perda de 4,6%. A queda é considerada significativa, pois nas últimas edições do estudo o volume total apresentava crescimento médio de 5% ao ano.

As marcas que mais perderam valor foram as dos setores financeiro e automotivo. Merrill Lynch e AIG sequer figuram na lista de 2009, juntamente com outras cinco que ficaram de fora. As cinco primeiras marcas da lista permaneceram em sua posição em relação a 2008: Coca-Cola, IBM, Microsoft, GE e Nokia. O sucesso das marcas não é por acaso. “O segredo parece ser a capacidade de inovação numa sociedade tão afeita a mudanças e a relação de confiança entre a marca e o consumidor”, diz Alejandro Pinedo, diretor geral da Interbrand.

A Google foi a marca que mais se valorizou desde o ano passado, saltando da décima para a sétima colocação. A gigante da internet está avaliada agora em US$ 31 bilhões. As marcas que mais ganharam valor foram: Google (25%), Amazon (22%), Zara (14%), Nestlé (13%) e Apple (12%). A Coca-Cola está fora deste grupo por se manter invicta na liderança há quase uma década.

Na outra ponta, as cinco marcas que mais se desvalorizaram foram: UBS (-50%), Citi (-49%), American Express (-32%), Morgan Stanley (-26%) e Harley-Davidson (-43%). Quatro delas vêm do setor financeiro. No geral, o valor das marcas de bancos despencou de US$ 130,35 bilhões no ano passado para US$ 78,82 bilhões em 2009. Um tombo de 40%. A crise do crédito internacional abalou os setores de transportes (-27%) e automotivo (-9%). Para a UPS, que integra o setor de transportes, a queda no valor de marca foi de 8% no último ano, o que reflete a retração no comércio e o aumento de barreiras comerciais entre os países.

Todas as marcas de automóveis do estudo perderam valor em 2009, com exceção da Ferrari, que manteve o valor da marca de luxo. Por outro lado, a concorrente Porsche, que também integra o segmento, perdeu valor este ano. Segundo analistas, a provável razão para essa queda foi a decisão de inovar fora do seu ramo preferencial de atuação, lançando modelos SUVs, que sofreram com a turbulência do mercado. Houve forte impacto sobre os fabricantes, que deixaram acumular nos pátios das montadoras o que se pode chamar de modelos “ultrapassados”.

INTERATIVIDADE. Confiança, essencial a qualquer marca, tornou-se crucial. No modelo atual de relacionamento entre consumidores e empresas, proximidade é a palavra-chave. Entre os exemplos, está a Coca-Cola que tem mais de 3,5 milhões de fãs no portal de relacionamentos na internet Facebook.

Fonte: Jornal do Commércio

 

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A volta ao nacionalismo?

18 de setembro de 2009 by melhoresinvestimentos Leave a Comment

Pelos idos dos anos 60, o então Presidente Castello Branco dizia a respeito do monopólio sobre a extração do petróleo: “Se é eficiente não precisa do monopólio, se precisa, não o merece”.

Esta frase foi inúmeras vezes repetidas pelo meu co-orientador de monografia, senador Roberto Campos (ex-ministro do Planejamento no governo de Castello Branco), que passou grande parte de sua vida combatendo o monopólio da Petrobrás, que costumava a referir-se como Petrossauro. Acredito que se meu saudoso orientador ainda estivesse vivo ele diria que a proposta do governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva representa um retrocesso nas discussões, digno dos absurdos debates econômicos dos anos 50, quando foi estabelecido o monopólio da Petrobrás.

O atual marco legal, que foi estabelecido através da Lei nº 9.478 de 1997, extinguiu o monopólio da Petrobrás e criou o regime de concessão, através do qual a empresa assume os riscos decorrentes da exploração do petróleo e se apropria de toda a produção, pagando à União, aos estados e municípios compensações financeiras tais como os royalties, incorrendo também em um custo fixo quando inicia as suas atividades, que é conhecido como “bônus de assinatura”.

As discussões sobre o pré-sal deveriam ser direcionadas em relação à qualidade e à intensidade dos investimentos necessários à exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos em águas super-profundas (na camada do pré-sal) e não em relação à questão da nacionalidade do investidor, que é a base na qual se apóia o modelo de partilha, ora proposto.

A proposta completa do governo está dividida em quatro Projetos de Lei (leia mais sobre a proposta do governo AQUI). O Projeto de Lei nº 5938 (AQUI), que é o primeiro deles, propõe modificações na Lei nº 9.478 estabelecendo que as áreas mais promissoras sejam exploradas sob o regime de partilha, segundo o qual o Estado continua sendo o dono do petróleo produzido e as empresas que ganharem o direito a exploração nas áreas de pré-sal incorrerão em um custo fixo, que será definido no momento da licitação (“bônus de assinatura”) e poderão, por sua conta e risco, explorar áreas definidas em busca de petróleo e gás. Se a exploração for mal sucedida, a empresa não terá nenhum ressarcimento.

Mas, se houver petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos na área explorada então uma parte da produção será destinada a cobrir os seus custos e o saldo restante seria distribuído entre a União e a empresa em proporções definidas em contrato (lembrando que a empresa vencedora de cada licitação será aquela que oferecer o maior percentual de partilha com a União).

Diante de um evidente retrocesso, resta aguardar os brados ecoando os tempos de Getulio Vargas, no início dos anos 50: “O petróleo é nosso!”.

 

Paulo C. Coimbra

http://pccoimbra.blogspot.com/

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Orçamento e Investimentos

17 de setembro de 2009 by melhoresinvestimentos Leave a Comment

Todos que acompanham este blog (e deveriam ser pagos para isso, rs) sabem que o foco primordial das postagens aqui é tratar de estratégias de investimentos. O mercado vai bem, muito bem por sinal, certamente bem melhor do que a economia do mundo real – que, sem dúvida, apresentou sensível avanço neste semestre.

Contudo, como é notório, economia e política andam de mãos dadas. Agora mais do que nunca, com a participação dos Estados e bancos centrais no esforço para o controle da crise financeira e seus efeitos.

De fato, pouco investimento foi feito no Brasil. A tendência de recuperação no PIB foi promovida por benesses a determinados setores, aliada aos cortes nos juros, que impulsionaram o consumo e endividamento das famílias. Este foi o grande propulsor do crescimento no segundo trimestre/09.

Agora estamos no final do ano que antecede as eleições majoritárias. Se já jogavam para a torcida, agora então, vão ficar de costas para o campo, de olho apenas na arquibancada. O pré-sal foi a bandeira escolhida, e com isso lembraram da necessidade de refazer as forças para defesa nacional. Os EUA estão montando uma base na Colômbia, e com o anúncio da compra de caças e submarinos para proteger nossas reservas de petróleo, até a Venezuela já se acordou com os russos para reforçar seu arsenal de armamentos.

Mas onde está o verdadeiro perigo? Recebi um email impressionante contando experiências de uma funcionária pública designada para trabalhar no estado de Roraima.

O fato é que a “picanha-azul” – como chamam os churrasqueiros do Planalto a área com jazidas do pré-sal – ainda é uma riqueza submersa, que vai levar tempo para se tornar produtiva. Falam até na reativação das usinas nucleares em Angra. Mas os projetos de combustíveis limpos ficam relegados a planos inferiores.

Enquanto isso, a Amazônia está sendo invadida por estrangeiros. E o que resta de terras fora das reservas indígenas vem sendo tomada por queimadas, roubo de madeiras e devastações para uma agropecuária mal planejada.

Pior do que isso, o nosso maior inimigo real não está no Iraque ou Afeganistão. Nossa guerra diária é aqui, “dentro de casa”, a violência urbana, onde morre mais gente do que nas trincheiras de combate. Gastar bilhões com a frota marítima e aeronáutica é muito importante, mas será que está sobrando dinheiro? De que adianta exigir tranferência de tecnologia (???) se não tivermos condições de dar continuidade ao desenvolvimento e pesquisa, não investirmos em formação de profissionais, treinamentos específicos para plena utilização dessas “ferramentas” de última geração.

Logo, com o rápido avanço do conhecimento, tudo estará ultrapassado e as novas aquisições se tornarão obsoletas. O próprio avião F-18 Super Hornet, principal objeto da disputa com o Rafalefrancês – eventual vencedor da concorrência (carta mais que marcada!) – já está com sua linha de montagem sendo substituída pelo F35 Joint Strike Fighter- como bem lembrou o colega MACMAX no nosso Fórum MI.

Mesmo que se desconsidere as premências em termos de saúde e ensino – passaportes indispensáveis para nosso ingresso no mundo desenvolvido – a questão de segurança interna não pode ser negligenciada. O Brasil vai sediar a Copa do Mundo de Futebol, o Rio quer as Olimpíadas, mas será que o cidadão comum vai sobreviver até lá na luta desigual contra esta guerrilha de marginais? Prédios são invadidos, pedestres mortos em assaltos, motoristas têm seus carros alvejados por balas (ou pedras!!!) nas principais vias de circulação da cidade, todos são alvos de sequestros (relâmpagos – e trovões)… quem pode se salvar?

Onde está o dinheiro para reaparelhar a polícia (ou reposicionar o Exército?) nesta luta contra o inimigo oculto e anônimo com que dividimos as ruas, o criminoso bem armado que invarialvelmente fica impune – a exemplo dos bandidos réus-confessos, não sentenciados em outras esferas.

Enfim… e ainda temos que pagar por tudo (ou nada!) disso. Afinal, o orçamento do governo é feito com base na arrecadação. Os impostos dos contribuintes. Então estamos todos, diretamente, patrocinando as decisões “absolutas” do presidente, e contribuindo para a campanha sucessória em 2010. Tenha votado nele ou não…

Isto que parece um mau investimento!

Abs ^v^

Filed Under: Governo, Orçamento

Aniversário de 1 ano da crise

16 de setembro de 2009 by melhoresinvestimentos Leave a Comment

Pois é, amigos, e não é que a Crise fez aniversário e completou 1 ano! Bem, eu (e o mundo) estou assumindo como data do parto – o marco zero – a quebra do banco Lehman Brothers, que desencadeou a famosa hecatombe financeira.

De fato mesmo, a crise havia começado há pouco mais de um ano, quando o crédito subprime foi, enfim, considerado… subprime, i.e. que daria calote nos seus credores. Mas deixa pra lá, fechemos com 15 de setembro de 2008.

Não foi por coincidência que Barack Obama foi a Wall Street apresentar – de novo – como será a reengenharia que ele deseja implementar nos mercados financeiro e de capitais dos EUA – e a partir daí tentar disseminá-lo globalmente, via G-20. Destaque para a picardia de Obama: ele se deu o trabalho de ir até NY para falar mal dos bancos e dos mercados na própria casa deles!

Mas olhando o estrago e tentando adivinhar o futuro, onde estamos:

  1. Filosoficamente falando, pouco mudou. O “cassino” só está menor porque existe menos dinheiro disponível.
  2. Securitizar tudo que for possível, fazer IPO’s de qualquer empresa e especular com ativos financeiros faz parte da essência de bancos e investidores – e continuará sendo.
  3. O que deverá mudar é a regulamentação dos mercados, para que se evite o chamado risco sistêmico. Mas fazer tais mudanças institucionais nos EUA não é fácil Lá, existe muito banco (mais de 6 mil), muitos tipos de fundos, muita liberalidade financeira, muitos reguladores que se confundem e, riam, excesso de democracia.
  4. Vale destacar que bancos, banqueiros e investidores aprenderam que governos não deixam bancos quebrar. E isso é gera um precedente perigo, pois incentiva o risco irresponsável. Como reverter este quadro é um desafio dos deuses!
  5. O mundo rico ainda está em crise? Depende como você define crise. Eu acho que a crise acabou. O que temos agora é uma economia global fraca, anêmica, pois falta capital e apetite de risco para que o crédito volte a fluir.

Agora é ter paciência, muita paciência…

E no Brasil? Foi marolinha mesmo?

  1. Foi nada, foi é tsunami mesmo! Repentino, violento e rápido. Veio, matou e foi embora, deixando um rastro de destruição.
  2. Economicamente falando, estamos na mesma situação das economias ricas: sem crise, mas com a economia crescendo pouco – ainda que crescendo muito mais do que a deles.
  3. Nosso país teve muita sorte, porque os anos com as commodities valorizadas mais os investimentos estrangeiros encheram o caixa das Reservas Internacionais. E tivemos também muita competência, porque nossos bancos eram (e são) sólidos, um mercado interno predominante e pouca exposição internacional. Nossos defeitos viraram virtudes!
  4. Ah sim, e palmas para o nosso povo, que ignorou a crise e continuou comprando e se endividando – e agora quebrando, como muitos estão…

A economia mundial já está e continuará mais difícil de se administrar. Até 2008 era só alegria, todo mundo comprava, tinha crédito para quase qualquer um, etc. Ou seja, risco baixo! Depois, foi o show de horrores que inverteu a tendência, sendo mais fácil vender tudo para limitar perdas.

Ou seja, estamos mal acostumados, porque há muitos anos que temos uma clara uma linha direcional para indicar nossas decisões de negócios. Agora não mais. As cotações e tendências de ativos reais e financeiros serão mais incertas. Subirão e cairão, como tem de ser.

Durante o período de euforia, que acabou em 15 de setembro, agentes econômicos medíocres sobreviviam, se valorizavam, etc. Bons tempos. O mundo ficará mais difícil, o que trará de volta o Darwinismo Capitalista, i.e. não haverá espaço para qualquer um, mas só para aqueles mais adaptados para períodos difíceis. Quem não se estruturar gerencialmente vai quebrar, porque, no mínimo, o crédito será difícil para este tipo de empresa.

É isso. Vamos assoprar as velinhas!

Fernando Blanco

http://blogdocredito.wordpress.com/

Filed Under: Crise financeira

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